A úvula bífida é aquela pequena estrutura localizada no fundo da cavidade oral, entre as partes da boca que compõem o céu e a garganta. Normalmente, a úvula é uma pequena “gota” única, mas em alguns casos ela pode se dividir em duas partes.
Essa divisão da úvula não é apenas uma característica anatômica, ela pode indicar certas condições médicas ou sintomas de outras questões de saúde.
Com uma aparência que lembra um coração ou uma borboleta, a úvula bífida é geralmente uma característica congênita. Ou seja, você nasce com ela.
Isso acontece devido a uma falha no fechamento do palato (céu da boca) durante o desenvolvimento do bebê no útero.
Quando a falha no fechamento é completa, pode resultar em uma fenda palatina ou lábio leporino. Mas em alguns casos, a falha é parcial, o que significa que o tecido mole no céu da boca fecha, mas os músculos abaixo dela não.
Em muitos casos, essa divisão é apenas uma variação anatômica e não traz problemas de saúde.
Veja porque pode acontecer:
genética: pode ser uma característica hereditária passada por gerações;
síndromes específicas: algumas síndromes, como a de Loeys-Dietz, podem ter a úvula bífida como um dos seus sinais;
fatores ambientais durante a gestação: exposição a certas substâncias ou deficiências nutricionais podem influenciar a formação do feto.
Para um diagnóstico correto, é essencial consultar um profissional de saúde especializado para descartar outras condições, como úvula colada na amígdala, úvula inflamada (uvulite) ou úvula alongada.
No entanto, se suspeitar de úvula bífida, pode observar em casa da seguinte forma:
com uma fonte de luz direcionada, abra a boca em um local bem iluminado;
use um espelho para visualizar o fundo da garganta;
observe a úvula, a pequena estrutura em forma de sino no fundo da garganta;
veja se há uma separação ou divisão que apresentem aspecto de úvula dupla.
A úvula bífida pode causar infecções recorrentes porque não fecha por completo a passagem para as vias aéreas enquanto engolimos, o que permite que alimentos e líquidos entrem em áreas que podem se infectar facilmente.
Especialmente em crianças, a dificuldade para engolir pode levar a problemas nutricionais e afetar seu desenvolvimento adequado
Além disso, pode atrapalhar a fala, dificultando a articulação correta dos sons e afetando a comunicação. Em casos raros, pode até estar ligada à apneia do sono, o que causa paradas respiratórias durante a noite.
Para evitar estes problemas, é fundamental procurar a orientação de um(a) especialista.
Se você ou seu(a) filho(a) tem a úvula bífida, saiba que muitas vezes não é preciso tratar, principalmente se não estiver causando problemas. O treinamento de técnicas de fala e deglutição podem ser suficientes.
Mas, se houver sintomas como dificuldade de falar ou engolir, o tratamento mais recomendado é a cirurgia para corrigir a fenda, normalmente feito por um otorrinolaringologista.
A cirurgia geralmente envolve o fechamento do palato e da úvula enquanto a criança é bem nova (2 anos ou menos), com a possibilidade de mais cirurgias à medida que ela se desenvolve
Apesar das preocupações que alguns pais podem ter, a úvula bífida e qualquer fenda associada a ela são condições facilmente corrigíveis. Com tratamento e acompanhamento adequados, o paciente pode esperar ter uma boca saudável por toda a vida.
Para identificar se a úvula está alongada, observe-a no espelho e compare com imagens de referência. Além disso, esteja atento(a) a sintomas como sensação de obstrução na garganta ou ronco. Caso note algo incomum, consulte um profissional de saúde para avaliação e tratamento adequado.
Sim, é possível viver sem úvula. Apesar de ela ter funções importantes, como auxiliar na fala e na deglutição, a sua ausência não impede que você leve uma vida normal. Algumas pessoas nascem sem a úvula ou precisam removê-la por razões médicas.
A úvula pode aumentar de tamanho devido a várias causas, como genética, processos inflamatórios (como amigdalite ou faringite), desidratação e contaminação (por alergias, poluição ou fumaça).
Este artigo tem como objetivo informar e difundir o conhecimento sobre tópicos gerais de saúde bucal. Esse conteúdo não deve substituir a orientação, o diagnóstico nem o tratamento profissional. Sempre procure a orientação do seu dentista ou de outro especialista para quaisquer dúvidas que você possa ter com relação à sua condição médica ou ao seu tratamento.
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