A candidíase na boca é causada pelo crescimento excessivo do fungo Candida albicans, que normalmente já está na boca, no trato gastrointestinal e em outras partes do corpo.
Quando o sistema imunológico está em pleno funcionamento, a proliferação dessas bactérias fica sob controle. Mas se o corpo já está lidando com outros problemas, pode acontecer um desequilíbrio, que abre espaço para o fungo da candidíase oral.
Isso porque ela pode se espalhar dentro do corpo, afetando os pulmões, o fígado e o aparelho digestivo. Se a infecção chegar ao intestino, pode levar ainda à desnutrição, deixando a pessoa ainda mais fraca.
Daí você pode estar se perguntando: afinal, qual a origem desse fungo?
A candidíase oral pode ter diversas origens. Entre os principais, estão:
sistema imunológico debilitado (por doenças ou medicamentos, como a prednisona);
uso de antibióticos que podem alterar o equilíbrio natural de microrganismos no organismo.
Nesse último caso, os mecanismos naturais de proteção podem falhar, fazendo com que o equilíbrio entre microrganismos “bons” e “ruins” se altere drasticamente.
Vale lembrar que algumas condições podem enfraquecer o organismo, levando ao surgimento do sapinho na boca:
candidíase vaginal;
diabete;
vírus HIV;
alguns tipos de câncer.
A candidíase na boca pode causar desconforto e também constrangimento, já que as manchas brancas ou amareladas ficam visíveis nos lábios. Conheça mais detalhes de cada um dos sintomas da candidíase oral.
A textura das manchas pode ser um pouco elevada, diferente de outras úlceras na boca.
Elas podem surgir na língua, na gengiva, na parte interna das bochechas, no céu da boca e na garganta. Geralmente elas são amareladas, mas também podem ser mais vermelhas quando estão inflamadas.
Se você tentar remover a lesão, provavelmente sentirá muito mais dor. E o pior, isso pode levar a sangramentos, já que a área afetada fica muito sensível.
Normalmente, o sangramento é temporário, mas, se possível, evite mexer nas feridas.
A infecção fúngica pode irritar e inflamar a mucosa bucal.
O resultado é uma vermelhidão ao redor das feridas e nos cantos da boca. Também é comum o surgimento de pequenas rachaduras nos tecidos, o que pode causar desconforto na hora de ingerir comidas e bebidas.
A candidíase oral também pode afetar as glândulas salivares.
Por isso, é comum que a produção de saliva diminua. A consequência é uma boca mais seca (xerostomia), que prejudica a digestão, a lubrificação, a prevenção de infecções, e pode até causar mau hálito!
A candidíase na língua pode afetar as papilas gustativas – espécie de “sensores” responsáveis por detectar os sabores dos alimentos.
Por isso, quando essas papilas estão irritadas ou inflamadas, pode acontecer uma mudança significativa no paladar.
O tratamento da candidíase oral envolve o uso de antifúngicos. Esse é o medicamento ideal para barrar o crescimento em excesso do fungo, Candida albicans, seja na boca ou na garganta.
A duração do tratamento varia de acordo com a gravidade da infecção. Se você suspeita que está com candidíase oral, não deixe de marcar uma consulta com um(a) dentista ou dermatologista.
Se você já está esperando pela consulta com o médico, experimente seguir alguns cuidados básicos para aliviar os sintomas:
evite açúcar em excesso: a bactéria se alimenta de açúcar, então reduza o consumo de alimentos açucarados, como doces, bolos e bebidas doces;
consuma alimentos macios: eles irritam menos a mucosa e são de fácil digestão. Não esqueça que alimentos quentes podem piorar ainda mais os sintomas;
beba água: a hidratação é essencial para manter as mucosas úmidas e aliviar a sensação de boca seca.
Os bebês também podem ter problemas para se alimentar e podem ficar irritados se estiverem com candidíase oral. Os sintomas são os mesmos que o sapinho na boca dos adultos, com manchas brancas ou amareladas nos lábios.
Se você está amamentando, procure estes sinais e sintomas:
coceira, sensibilidade ou vermelhidão incomum nos mamilos;
pele brilhante ou com descamação ao redor da aréola;
dor incomum durante a amamentação ou entre as mamadas;
dores agudas nos seios.
Por isso, se você notar feridas na sua boca ou na boca do seu filho(a), marque uma consulta médica imediatamente. Nesses casos, o tratamento deve ser direcionado para mamãe e bebê.
Ou seja, podem ser prescritos dois medicamentos antifúngicos: um creme para os seios da mãe e outro exclusivo para o tratamento da criança.
Para ter o diagnóstico de candidíase, é fundamental se consultar com um médico ou dentista. É no consultório que você vai ter informações importantes sobre a infecção.
Se isso acontecer, é bem provável que o seu corpo fique sem a nutrição adequada, já que a infecção fúngica pode afetar órgãos internos.
A boa notícia é que você pode evitar isso, e um bom começo é cuidar da saúde bucal!
Enxaguantes bucais com propriedades antifúngicas ajudam a prevenir problemas bucais.
Normalmente, a Candida albicans já está presente no corpo humano. A infecção surge quando existe um desequilíbrio no organismo, fazendo com que o fungo cresça descontroladamente. É raro, mas a transmissão pode acontecer por meio do contato físico com a área afetada — no beijo, no sexo oral ou no compartilhamento de objetos.
Sim, já que o sistema imunológico dos pequenos ainda está em desenvolvimento. Além disso, as crianças tendem a compartilhar mais os brinquedos e objetos que entram em contato com a boca. Assim, a transmissão do fungo é facilitada.
O diagnóstico de candidíase na boca é feito por um médico ou dentista. O profissional vai examinar a boca para verificar a presença de manchas brancas ou amareladas. Além disso, ele pode coletar uma amostra da área afetada para confirmar a presença do fungo Candida albicans.
Este artigo tem como objetivo informar e difundir o conhecimento sobre tópicos gerais de saúde bucal. Esse conteúdo não deve substituir a orientação, o diagnóstico nem o tratamento profissional. Sempre procure a orientação do seu dentista ou de outro especialista para quaisquer dúvidas que você possa ter com relação à sua condição médica ou ao seu tratamento.
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